10 Artigos da Fé Perguntas & Respostas:
Por que é que se fala de Deus, o Pai como o Criador, se o Filho e o Espírito Santo também participaram na criação? Não deveria constar no artigo: Creio em Deus, o Pai, o Omnipotente?
Neste caso, adoptámos o texto original do Credo Apostólico. É incontestável que Deus é o Pai, Criador, mesmo apesar de Deus, o Filho, e Deus, o Espírito Santo, terem participado na obra de criação. As obras de Deus são sempre obras da trindade, mesmo que alguns feitos sejam atribuídos especificamente a uma determinada pessoa.
Por que é que, ao contrário do que acontece no Credo Apostólico, falta no 2.º artigo de fé "para julgar os vivos e os mortos"?
A afirmação "para julgar os vivos e os mortos" encontra-se na Bíblia em II Timóteo 4,1 e em I Pedro 4,5. Regra geral, é interpretada como sendo a revinda de Jesus Cristo para o juízo final. Quando nós falamos em Jesus voltar, referimo-nos em primeiro lugar à Sua revinda para levar consigo a Noiva. Ao não utilizarmos essa expressão, a intenção foi evitar que fique a impressão de que os cristãos novos-apostólicos associam a espera da revinda de Cristo ao juízo final. Não há dúvida de que na primeira revinda do Senhor, de certa forma, haverá uma actuação judicial: ao levar um e deixar o outro, isso também é, de certa forma, fazer um juízo (ver também II Aos Coríntios 5,10).
O que significa "reino da morte"?
Resposta: A formulação usada anteriormente, "reino dos falecidos" foi substituída por "reino da morte". Não se trata aqui de uma alteração de conteúdos, é simplesmente uma alteração terminológica, que terá de ser interpretada como uma adaptação ao texto bíblico (cf. Apocalipse 1,18; 20,13) e à redacção do "apostolicum".
Qual é a diferença entre "pelo Espírito Santo" e "através do Espírito Santo"? 26.01.2011 |
Resposta: Esta alteração gramatical, leva a uma interpretação inequívoca da afirmação, enquanto que a afirmação anterior "concebido através do" permitia diversas interpretações. Para além disso, também se trata, mais uma vez, de uma adaptação ao "apostolicum".
A afirmação "para julgar os vivos e os mortos" encontra-se na Bíblia em II Timóteo 4,1 e em I Pedro 4,5. Regra geral, é interpretada como sendo a revinda de Jesus Cristo para o juízo final. Quando nós falamos em Jesus voltar, referimo-nos em primeiro lugar à Sua revinda para levar consigo a Noiva. Ao não utilizarmos essa expressão, a intenção foi evitar que fique a impressão de que os cristãos novos-apostólicos associam a espera da revinda de Cristo ao juízo final. Não há dúvida de que na primeira revinda do Senhor, de certa forma, haverá uma actuação judicial: ao levar um e deixar o outro, isso também é, de certa forma, fazer um juízo (ver também II Aos Coríntios 5,10).
O que significa "reino da morte"?
Resposta: A formulação usada anteriormente, "reino dos falecidos" foi substituída por "reino da morte". Não se trata aqui de uma alteração de conteúdos, é simplesmente uma alteração terminológica, que terá de ser interpretada como uma adaptação ao texto bíblico (cf. Apocalipse 1,18; 20,13) e à redacção do "apostolicum".
Qual é a diferença entre "pelo Espírito Santo" e "através do Espírito Santo"? 26.01.2011 |
Resposta: Esta alteração gramatical, leva a uma interpretação inequívoca da afirmação, enquanto que a afirmação anterior "concebido através do" permitia diversas interpretações. Para além disso, também se trata, mais uma vez, de uma adaptação ao "apostolicum".
Todas as Igrejas fazem parte da Igreja de Cristo?
Resposta: Não é a Igreja, como entidade organizacional, que faz parte da Igreja de Cristo: são todos os crentes em conjunto que formam a Igreja de Cristo.
A denominação "universal", quer dizer que tanto faz nós sermos novos-apostólicos como pertencermos a uma outra Igreja cristã?
Resposta: Não, não é isso que o termo quer dizer. Significa que é um dos quatro critérios mais importantes da Igreja de Cristo e está sempre ligado aos outros três critérios: igreja única, santa, universal e apostólica. Ao olharmos para todos os critérios, reconhecemos nitidamente que não é, de forma alguma, indiferente sermos novos-apostólicos ou pertencemos a outra Igreja. A Igreja de Jesus Cristo é global, ou seja, abrangente e universal e é ainda do aquém e do além, presente e futura. A vontade salvífica universal de Deus adquire distintamente na Igreja uma forma real e perceptível
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A denominação "universal", quer dizer que tanto faz nós sermos novos-apostólicos como pertencermos a uma outra Igreja cristã?
Resposta: Não, não é isso que o termo quer dizer. Significa que é um dos quatro critérios mais importantes da Igreja de Cristo e está sempre ligado aos outros três critérios: igreja única, santa, universal e apostólica. Ao olharmos para todos os critérios, reconhecemos nitidamente que não é, de forma alguma, indiferente sermos novos-apostólicos ou pertencemos a outra Igreja. A Igreja de Jesus Cristo é global, ou seja, abrangente e universal e é ainda do aquém e do além, presente e futura. A vontade salvífica universal de Deus adquire distintamente na Igreja uma forma real e perceptível.
A Igreja Nova Apostólica é a Igreja de Cristo?
Resposta: A Igreja de Cristo é muito mais abrangente do que uma única denominação cristã o pode ser. Dela fazem também parte, por exemplo, os crentes da Antiga Aliança, os quais nunca pertenceram à entidade organizacional de uma Igreja cristã, assim como os crentes do tempo dos primeiros cristãos. Logo, não se pode dizer que a Igreja Nova Apostólica seja a Igreja de Cristo, mas que se trata, isso sim, de uma denominação cristã. O próprio nome "Igreja Nova Apostólica" contém o termo Igreja a título de organização, tal como acontece com a Igreja Católica e com outras congregações religiosas.
Ao falarmos da "Igreja de Cristo" na confissão de fé, isso não se refere à entidade organizacional, mas sim a uma grandeza espiritual. Dela fazem parte todos os que tenham sido baptizados com os ritos consagrados, que creiam em Jesus Cristo e que O confessem como seu Senhor.
Por que é que, na nova versão, já não se fala de apóstolos "vivos"?
Resposta: A razão pela qual o atributo "vivos" desapareceu, deve-se à lógica linguística, que provém da seguinte afirmação: "… e que continua a enviá-los até à sua revinda."
Os apóstolos continuam a exercer o seu ministério no mundo do além?
Resposta: Não, nós cremos que os apóstolos exercem o seu ministério na terra e que, a partir daqui, podem actuar nas áreas do além. É dessa forma que são administrados os sacramentos aos falecidos, através dos apóstolos activos na terra.
O 5.º artigo de fé não anula a ampliação da definição daquilo que é a Igreja? Podem outras congregações ser denominadas de Igrejas, mesmo que o ministério que nelas actua não seja reconhecido?
O 5.º artigo de fé demonstra, em primeiro lugar, de onde advém o ministério na Igreja Nova Apostólica. Os ministros não são ordenados por bispos, sacerdotes ou pela comunidade, mas unicamente através de um apóstolo.
A nossa convicção é a de que o Senhor só instituiu um ministério: o apostolado. Os outros ministérios provieram do apostolado. Esta nossa convicção tem inequivocamente uma fundamentação bíblica. Noutras congregações existem diversas formas de glorificar e de adorar a Deus, através das quais é demonstrado sempre de novo aos crentes a grandiosidade e a omnipotência de Deus e do sacrifício de Cristo. Crêem em Cristo, confessam-no como o Senhor e baptizam em nome do Deus Trino. Por isso, é lícito estas congregações denominarem-se Igrejas.
Por que é que foi retirada a formulação "indagação de uma boa consciência para com Deus"?
Resposta: A formulação "indagação de uma boa consciência para com Deus" era baseada numa parte do texto bíblico em I Pedro 3,21, que só se encontra na tradução da Bíblia de Lutero, na edição de 1912, mas que não se encontra no texto grego básico da Bíblia, nem na tradução bíblica de 1984
A Santa Ceia celebrada nas outras Igrejas tem o mesmo efeito que na Igreja Nova Apostólica?
Resposta: A Santa Ceia foi instituída e confiada aos apóstolos pelo próprio Senhor. O que significa que o apostolado é quem tem a autoridade para administrar este sacramento. Assim sendo, segundo o nosso ponto de vista, o efeito da Santa Ceia noutras Igrejas cristãs é limitado. Sendo a Santa Ceia instituída em memória, comunhão e gratidão, segundo a nossa fé, a verdadeira personificação do corpo e sangue de Cristo só se torna possível através da actuação do ministério autorizado.
Está correcto usar o termo "filiação divina" somente para os crentes que são selados?
Resposta: De um modo geral, todas as pessoas são filhas de Deus. No Antigo
Testamento os israelitas são, por vezes, chamados filhos de Deus. Nós deduzimos a nossa filiação divina das palavras de I João 3, e seguintes, e de Romanos 8,14 e seguintes. Está escrito expressamente em Romanos 8,15 que os crentes receberam um espírito de filho. Segundo a nossa convicção na fé, recebemos essa filiação através do Baptismo com o Espírito, o Santo Selamento. Ou seja, é necessário, para além do Baptismo com água, obter também o Baptismo com o Espírito, o chamado Santo Selamento, o qual, segundo o testemunho da Escritura Sagrada (por exemplo em Actos 8,14 e seguintes), só pode ser administrado pelos apóstolos. Por isso, nada se altera na afirmação de que fica reservado ao ministério de apóstolo o direito de administrar, através do sacramento do Santo Selamento, o dom do Espírito Santo. Através disso, é transmitida a filiação divina, tornando-se, assim, o crente herdeiro de Deus e co-herdeiro de Cristo (Aos Romanos 8,17).
No 9.º artigo de fé está escrito: «Então, Deus criará um novo céu e uma nova terra e habitará com o seu povo.» O que quer dizer «seu povo»? Quem é que fará parte dele?
Resposta: Na nova criação, o ser humano viverá novamente em comunhão estreita com Deus: «pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus» (Apocalipse 21,3). Então cumprir-se-á a palavra: «Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna» (João 3,16). No decorrer do plano de salvação e de redenção de Deus, todas as pessoas terão de tomar uma decisão: crer ou não crer em Cristo. Para além daqueles que participarem na Primeira Ressurreição, ainda farão parte da nova criação todos aqueles que confessam a Cristo e que encontram misericórdia no juízo final e ali terão a vida eterna, ou seja, comunhão com Deus como "Seu povo".
Por que é que foi alterada, no 9.º artigo de fé, a afirmação "transfigurará e levará para junto de si"?
Resposta: Como no 9.º artigo de fé prescindimos de uma exposição pormenorizada dos acontecimentos futuros, o termo "transfigurará" desapareceu, uma vez que tanto transformação como arrebatamento estão contidos em "levará consigo". A convicção de que, na revinda de Cristo, haverá transformação e arrebatamento (cf. I Aos Coríntios 15,51; Aos Filipenses 3,20.21; I Aos Tessalonicenses 4,16.17), continuará a ser parte integrante da nossa fé.
Quando se fala, no 9.º artigo de fé, daqueles "que esperaram a sua vinda e foram preparados", quer dizer que são todos os cristãos?
Resposta: Quer dizer expressamente "as primícias dos mortos e vivos". O que nós interpretamos como sendo todos aqueles que, na revinda de Cristo, forem considerados como Sua "Noiva". Informações mais pormenorizadas em relação ao termo "primícia", encontram-se na edição "Os cento e quarenta e quatro mil" ("Doutrina e conhecimento" Fascículo V, página 91)
Por que é que no 9.º artigo de fé já não é mencionada a "Primeira Ressurreição"?
Resposta: O 9.º artigo de fé dá-nos uma visão acerca dos acontecimentos futuros inerentes ao plano de salvação de Deus, do ponto de vista da fé nova-apostólica. No entanto, prescindimos de uma exposição pormenorizada em relação aos acontecimentos futuros, aos quais se aplica a explicação de que, no juízo final, "todas as almas que não participaram na Primeira Ressurreição receberão a sua justa parte, de acordo com a forma como agiram, seja ela boa ou má." Em contrapartida, o actual 9.º artigo de fé termina com a visão da nova criação, frisando um aspecto importante para as nossas expectativas futuras e que não estava contido na antiga versão.
O facto de a Primeira Ressurreição não ser mencionada no artigo de fé, não quer, de forma alguma, dizer que tenha deixado de fazer parte da fé nova-apostólica. No 9.º artigo de fé faz-se referência à Primeira Ressurreição com as palavras seguintes: "Creio que o Senhor Jesus há-de regressar, tão certo como subiu ao céu, e que levará consigo as primícias dos mortos e vivos, que esperaram a sua vinda e foram preparados."
Aqueles que participarem na Primeira Ressurreição terão de se responsabilizar no juízo final?
Resposta: Nós continuamos a acreditar que aqueles que participarem na Primeira Ressurreição serão livrados do juízo final.
Por que é que foi expressamente mencionada a obediência às autoridades públicas?
Resposta: Não havia qualquer razão para alterar o texto existente. Nós referimo-nos às afirmações fundamentais feitas em Aos Romanos 13,1-7 e à sua relativização através da afirmação do apóstolo Pedro: "Mais importa obedecer a Deus do que aos homens."
Resposta: Não é a Igreja, como entidade organizacional, que faz parte da Igreja de Cristo: são todos os crentes em conjunto que formam a Igreja de Cristo.
A denominação "universal", quer dizer que tanto faz nós sermos novos-apostólicos como pertencermos a uma outra Igreja cristã?
Resposta: Não, não é isso que o termo quer dizer. Significa que é um dos quatro critérios mais importantes da Igreja de Cristo e está sempre ligado aos outros três critérios: igreja única, santa, universal e apostólica. Ao olharmos para todos os critérios, reconhecemos nitidamente que não é, de forma alguma, indiferente sermos novos-apostólicos ou pertencemos a outra Igreja. A Igreja de Jesus Cristo é global, ou seja, abrangente e universal e é ainda do aquém e do além, presente e futura. A vontade salvífica universal de Deus adquire distintamente na Igreja uma forma real e perceptível
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A denominação "universal", quer dizer que tanto faz nós sermos novos-apostólicos como pertencermos a uma outra Igreja cristã?
Resposta: Não, não é isso que o termo quer dizer. Significa que é um dos quatro critérios mais importantes da Igreja de Cristo e está sempre ligado aos outros três critérios: igreja única, santa, universal e apostólica. Ao olharmos para todos os critérios, reconhecemos nitidamente que não é, de forma alguma, indiferente sermos novos-apostólicos ou pertencemos a outra Igreja. A Igreja de Jesus Cristo é global, ou seja, abrangente e universal e é ainda do aquém e do além, presente e futura. A vontade salvífica universal de Deus adquire distintamente na Igreja uma forma real e perceptível.
A Igreja Nova Apostólica é a Igreja de Cristo?
Resposta: A Igreja de Cristo é muito mais abrangente do que uma única denominação cristã o pode ser. Dela fazem também parte, por exemplo, os crentes da Antiga Aliança, os quais nunca pertenceram à entidade organizacional de uma Igreja cristã, assim como os crentes do tempo dos primeiros cristãos. Logo, não se pode dizer que a Igreja Nova Apostólica seja a Igreja de Cristo, mas que se trata, isso sim, de uma denominação cristã. O próprio nome "Igreja Nova Apostólica" contém o termo Igreja a título de organização, tal como acontece com a Igreja Católica e com outras congregações religiosas.
Ao falarmos da "Igreja de Cristo" na confissão de fé, isso não se refere à entidade organizacional, mas sim a uma grandeza espiritual. Dela fazem parte todos os que tenham sido baptizados com os ritos consagrados, que creiam em Jesus Cristo e que O confessem como seu Senhor.
Por que é que, na nova versão, já não se fala de apóstolos "vivos"?
Resposta: A razão pela qual o atributo "vivos" desapareceu, deve-se à lógica linguística, que provém da seguinte afirmação: "… e que continua a enviá-los até à sua revinda."
Os apóstolos continuam a exercer o seu ministério no mundo do além?
Resposta: Não, nós cremos que os apóstolos exercem o seu ministério na terra e que, a partir daqui, podem actuar nas áreas do além. É dessa forma que são administrados os sacramentos aos falecidos, através dos apóstolos activos na terra.
O 5.º artigo de fé não anula a ampliação da definição daquilo que é a Igreja? Podem outras congregações ser denominadas de Igrejas, mesmo que o ministério que nelas actua não seja reconhecido?
O 5.º artigo de fé demonstra, em primeiro lugar, de onde advém o ministério na Igreja Nova Apostólica. Os ministros não são ordenados por bispos, sacerdotes ou pela comunidade, mas unicamente através de um apóstolo.
A nossa convicção é a de que o Senhor só instituiu um ministério: o apostolado. Os outros ministérios provieram do apostolado. Esta nossa convicção tem inequivocamente uma fundamentação bíblica. Noutras congregações existem diversas formas de glorificar e de adorar a Deus, através das quais é demonstrado sempre de novo aos crentes a grandiosidade e a omnipotência de Deus e do sacrifício de Cristo. Crêem em Cristo, confessam-no como o Senhor e baptizam em nome do Deus Trino. Por isso, é lícito estas congregações denominarem-se Igrejas.
Por que é que foi retirada a formulação "indagação de uma boa consciência para com Deus"?
Resposta: A formulação "indagação de uma boa consciência para com Deus" era baseada numa parte do texto bíblico em I Pedro 3,21, que só se encontra na tradução da Bíblia de Lutero, na edição de 1912, mas que não se encontra no texto grego básico da Bíblia, nem na tradução bíblica de 1984
A Santa Ceia celebrada nas outras Igrejas tem o mesmo efeito que na Igreja Nova Apostólica?
Resposta: A Santa Ceia foi instituída e confiada aos apóstolos pelo próprio Senhor. O que significa que o apostolado é quem tem a autoridade para administrar este sacramento. Assim sendo, segundo o nosso ponto de vista, o efeito da Santa Ceia noutras Igrejas cristãs é limitado. Sendo a Santa Ceia instituída em memória, comunhão e gratidão, segundo a nossa fé, a verdadeira personificação do corpo e sangue de Cristo só se torna possível através da actuação do ministério autorizado.
Está correcto usar o termo "filiação divina" somente para os crentes que são selados?
Resposta: De um modo geral, todas as pessoas são filhas de Deus. No Antigo
Testamento os israelitas são, por vezes, chamados filhos de Deus. Nós deduzimos a nossa filiação divina das palavras de I João 3, e seguintes, e de Romanos 8,14 e seguintes. Está escrito expressamente em Romanos 8,15 que os crentes receberam um espírito de filho. Segundo a nossa convicção na fé, recebemos essa filiação através do Baptismo com o Espírito, o Santo Selamento. Ou seja, é necessário, para além do Baptismo com água, obter também o Baptismo com o Espírito, o chamado Santo Selamento, o qual, segundo o testemunho da Escritura Sagrada (por exemplo em Actos 8,14 e seguintes), só pode ser administrado pelos apóstolos. Por isso, nada se altera na afirmação de que fica reservado ao ministério de apóstolo o direito de administrar, através do sacramento do Santo Selamento, o dom do Espírito Santo. Através disso, é transmitida a filiação divina, tornando-se, assim, o crente herdeiro de Deus e co-herdeiro de Cristo (Aos Romanos 8,17).
No 9.º artigo de fé está escrito: «Então, Deus criará um novo céu e uma nova terra e habitará com o seu povo.» O que quer dizer «seu povo»? Quem é que fará parte dele?
Resposta: Na nova criação, o ser humano viverá novamente em comunhão estreita com Deus: «pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus» (Apocalipse 21,3). Então cumprir-se-á a palavra: «Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna» (João 3,16). No decorrer do plano de salvação e de redenção de Deus, todas as pessoas terão de tomar uma decisão: crer ou não crer em Cristo. Para além daqueles que participarem na Primeira Ressurreição, ainda farão parte da nova criação todos aqueles que confessam a Cristo e que encontram misericórdia no juízo final e ali terão a vida eterna, ou seja, comunhão com Deus como "Seu povo".
Por que é que foi alterada, no 9.º artigo de fé, a afirmação "transfigurará e levará para junto de si"?
Resposta: Como no 9.º artigo de fé prescindimos de uma exposição pormenorizada dos acontecimentos futuros, o termo "transfigurará" desapareceu, uma vez que tanto transformação como arrebatamento estão contidos em "levará consigo". A convicção de que, na revinda de Cristo, haverá transformação e arrebatamento (cf. I Aos Coríntios 15,51; Aos Filipenses 3,20.21; I Aos Tessalonicenses 4,16.17), continuará a ser parte integrante da nossa fé.
Quando se fala, no 9.º artigo de fé, daqueles "que esperaram a sua vinda e foram preparados", quer dizer que são todos os cristãos?
Resposta: Quer dizer expressamente "as primícias dos mortos e vivos". O que nós interpretamos como sendo todos aqueles que, na revinda de Cristo, forem considerados como Sua "Noiva". Informações mais pormenorizadas em relação ao termo "primícia", encontram-se na edição "Os cento e quarenta e quatro mil" ("Doutrina e conhecimento" Fascículo V, página 91)
Por que é que no 9.º artigo de fé já não é mencionada a "Primeira Ressurreição"?
Resposta: O 9.º artigo de fé dá-nos uma visão acerca dos acontecimentos futuros inerentes ao plano de salvação de Deus, do ponto de vista da fé nova-apostólica. No entanto, prescindimos de uma exposição pormenorizada em relação aos acontecimentos futuros, aos quais se aplica a explicação de que, no juízo final, "todas as almas que não participaram na Primeira Ressurreição receberão a sua justa parte, de acordo com a forma como agiram, seja ela boa ou má." Em contrapartida, o actual 9.º artigo de fé termina com a visão da nova criação, frisando um aspecto importante para as nossas expectativas futuras e que não estava contido na antiga versão.
O facto de a Primeira Ressurreição não ser mencionada no artigo de fé, não quer, de forma alguma, dizer que tenha deixado de fazer parte da fé nova-apostólica. No 9.º artigo de fé faz-se referência à Primeira Ressurreição com as palavras seguintes: "Creio que o Senhor Jesus há-de regressar, tão certo como subiu ao céu, e que levará consigo as primícias dos mortos e vivos, que esperaram a sua vinda e foram preparados."
Aqueles que participarem na Primeira Ressurreição terão de se responsabilizar no juízo final?
Resposta: Nós continuamos a acreditar que aqueles que participarem na Primeira Ressurreição serão livrados do juízo final.
Por que é que foi expressamente mencionada a obediência às autoridades públicas?
Resposta: Não havia qualquer razão para alterar o texto existente. Nós referimo-nos às afirmações fundamentais feitas em Aos Romanos 13,1-7 e à sua relativização através da afirmação do apóstolo Pedro: "Mais importa obedecer a Deus do que aos homens."